É inútil ressignificar
Nas retinas, punhos
Ou palavras
A explosão
de nossas furtivas sincronias.
Tolos desvios.
O que te atravessa a derme
E tenta penetrar
A atmosfera
Onde não alcanço
Sedimenta-se,
Revela-te.
Tua maldita língua
Não oculta o que você,
(In)consciente,
Escolhe a todo instante confessar
Pelo fôlego
Pelo peito
Pelos brios
Num átimo
te escapa
Fluida, eu capturo, e absorvo
Inteiriça
domingo, 30 de setembro de 2018
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
Queda livre
"[...]If my wings
should fail me, Lord
Please meet me
With another pair
So I can die easy [...]"
Led Zeppelin - In my time of dying
A porcelana espelhava o carmim
Da medíocre existência
Vazando dos punhos
Ralo abaixo
O gozar de dias arrastados
Encerrado no chumbo frio
Dos olhos
Intermitente, a meia luz
Soluçava sobre o inerte peito
Da alma enternecida,
Arrebatada pela carne viva
Das chagas que agora
Jazem no ocre vazio
Da memória
should fail me, Lord
Please meet me
With another pair
So I can die easy [...]"
Led Zeppelin - In my time of dying
A porcelana espelhava o carmim
Da medíocre existência
Vazando dos punhos
Ralo abaixo
O gozar de dias arrastados
Encerrado no chumbo frio
Dos olhos
Intermitente, a meia luz
Soluçava sobre o inerte peito
Da alma enternecida,
Arrebatada pela carne viva
Das chagas que agora
Jazem no ocre vazio
Da memória
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
Frugal
Me enlevo na grandeza
De padecer em disformes alumbramentos
Não me interessa
Decifrar que enigma
semeaste-me no juízo.
Perecível é o sentimento
que apropria lógicas.
Antes:
Desmedida
Naufrago no oco
de suas pupilas.
De padecer em disformes alumbramentos
Não me interessa
Decifrar que enigma
semeaste-me no juízo.
Perecível é o sentimento
que apropria lógicas.
Antes:
Desmedida
Naufrago no oco
de suas pupilas.
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
Acaso
Qual a tristeza
dos pés que, na peleja
de mascarar imensidões,
correm oblíquos
Angulares
Debilmente, metem nas calçadas
sangrias primaveris
Sufocam o entrecortar
De fugídios olhares
dos pés que, na peleja
de mascarar imensidões,
correm oblíquos
Angulares
Debilmente, metem nas calçadas
sangrias primaveris
Sufocam o entrecortar
De fugídios olhares
terça-feira, 3 de abril de 2018
Sonho púrpura
"[...] Você, raio humano,
Despencou
Na minha cabeça
E desde então
Grita esse trovão
No meu peito [...]"
Marina Lima - Tempestade
De calidez muda
Se fez surdo; instante.
Singelo, tanto quis ser.
Despencou
Na minha cabeça
E desde então
Grita esse trovão
No meu peito [...]"
Marina Lima - Tempestade
De calidez muda
Se fez surdo; instante.
Singelo, tanto quis ser.
Vida em orvalho,
Mormaço de chuva no asfalto
Caos certeiro
Mormaço de chuva no asfalto
Caos certeiro
Torrente.
Diz-se da terra firme: o abrigo.
Diz-se da terra firme: o abrigo.
Da alvorada
a bruma quente
que embala gaivotas
sob o vento deslizante
do ocaso escarlate.
Nublos lábios:
Céu fechado.
que embala gaivotas
sob o vento deslizante
do ocaso escarlate.
Nublos lábios:
Céu fechado.
Da ressaca
ser a rebentação
ser a rebentação
Ferida aberta
sonho púrpura
sonho púrpura
Consumação.
Veio frio, mas vi:
Contido
como quem carece de querer
Tolo, não vê?
Pôs-me a alma em ebulição
Liquefez-se.
Arrebentando pelos poros
qual fúrio vulcão
Escorreu ao meio fio
rogando proteção divina
do agridoce
Contido
como quem carece de querer
Tolo, não vê?
Pôs-me a alma em ebulição
Liquefez-se.
Arrebentando pelos poros
qual fúrio vulcão
Escorreu ao meio fio
rogando proteção divina
do agridoce
utópico sonho púrpura
Por ti vertido
Em minhas
atônitas maçãs.
Por ti vertido
Em minhas
atônitas maçãs.
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